
Esqueça tudo o que você sabe sobre vampiros. Nada de sensibilidade à luz solar, nada de dormir em caixões, nada de não sair em foto... Crepúsculo é um bom romance. Não só pela inovação num tema que parecia tão desgastado mas também pela qualidade mesmo. A história é narrada por uma garota que adora o sol, mas que se muda para uma cidade constantemente nublada e fria. Mas o que aparentemente seria ruim se torna bom. Bella conhece Edward e os dois se apaixonam mutuamente. Só que Edward tem sede do sangue de Bella e precisa lutar ferozmente contra isso.
O enredo é muito interessante, mas o livro, ao meu ver, pode ser dividido em duas partes bem distintas: a parte monótona, mas nem por isso chata, pelo contrário. No início, ou melhor, em boa parte, não há um pingo de ação ou mesmo aventura, é uma espécie de lengalenga divertida. Mas a partir dum determinado momento, e bem repentinamente, isso muda drasticamente e o livro entra na sua fase de suspense e ação que prefiro chamar de parte sádica. Essa "divisão" é mesmo bem estranha e causa um choque, mas nada que prejudique definitivamente a leitura.
Outra coisa que me chamou atenção nesse livro foi a criatividade da autora Stephenie Meyer (foto) em dar características aos vampiros. Eles são extremamente belos, ou seja, atrentes para suas presas; têm os sentidos aguçados; são ágeis; fortes; têm veneno e um dom especial que difere de um para o outro. Edward, por exemplo, consegue ler mentes, e sua irmã Alice vê o futuro. Os vampiros de Stephenie brilham no sol, nunca dormem, e, se quiserem, ficam sem respirar. Mas preferem não fazer isso para não perderem o olfato temporariamente. O livro faz parte de uma série que está sendo agora traduzida no Brasil, mas que já tem três títulos lançados e um em produção: Crepúsculo, Lua nova, Eclipse e Breaking dawn (ainda sem título em português). O filme Crepúsulo será lançado no fim do ano e trará Robert Pattinson, o Cedrico de Hary Potter, como Edward. Tomara que seja tão bom quanto o livro.