Andorinha lá fora está dizendo:
"Passei o dia à toa, à toa!"
Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!
Passei a vida à toa, à toa.
"Passei o dia à toa, à toa!"
Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!
Passei a vida à toa, à toa.
Manuel Bandeira
Mais do que apenas belas fotos, férias são sempre ricas, pelo menos pra mim, em reflexões e calmaria. Se eu encosto na parede pra divagar, já dizem que estou desanimado, mas como o personagem do post anterior, é que eu não gosto de exclamar. Três meses entrecortados por duas semanas e três dias de trabalho, trabalho que é tão prazeroso quanto o não-fazer-nada das férias. Se dizem que estou fofinho, já sei que é porque engordei cinco quilos. Qual é? Nem vi. Simplesmente de uma dia pro outro eu não precisava mais usar cinto com minhas calças 40. Depois de dois anos de vida sendentária você queria o quê, comandante? Mas minhas férias foram cheias de luz, cheias de dias. Cheias de primos, cheias de tias. De rimas e alegrias. E antes de você vomitar arco-íris, só não digo que elas também foram de trevas porque me chamaram de racista quando eu disse lista negra. Racista, eu, bisneto de um escravo muito obrigado. Essa eu passo. E onde diabos a fazenda entra nisso? A fazenda é apenas pra deixar o título com cara de redação de quinta série. Mas ela também foi o pós-clímax das férias, só não foi o desfecho. Ainda me resta pouco mais de uma semana. Férias de paz, férias de curtição, férias de amor... No fim só resta o tédio.
E eis o resultado do trabalho aqui.