A inútil cultura do cabelo

Uma vez comentei com uma amiga que eu queria raspar o cabelo.

-- Mas, por quê?

-- Enjoei de usar.

-- Nossa, você fala como se fosse um acessório!

Depois de pensar por um tempo, percebi que o cabelo nada mais é do que isso, um acessório. Assim como um cinto, ou uma bolsa, facilmente dispensáveis. E foi por isso que resolvi dispensar o meu. Não totalmente pelado, tipo o Tas, mas bem sem cabelo mesmo.

Anatomicamente o cabelo serve como proteção, mas a vaidade fala mais alto quando são cultivados com tanto zelo e carinho, principalmente pelas mulheres que insistem nos longos fios. Quer algo mais prático que cabelo curto? Mas fala isso pra minha mãe. Ela quase voou no meu pescoço quando eu sugeri que ela raspasse também.

A sensação pós-máquina é maravilhosa. Quando saí do salão e senti o ventinho batendo na minha carecona quase voei com ele. É de uma leveza fascinantemente magnífica! E esteticamente também gostei do resultado.

Então aqui fica minha dica. Se você está enjoado desse mero e supérfluo acessório, raspe tudo e sinta a brisa na careca!