26.1.10

Gula, férias e Colheita Feliz

Hoje é o dia da gula. Essa data me lembra como minha alimentação mudou do último ano pra cá. Não de forma gulosa, mas sim, balanceada. Quer dizer, nem tanto, mas eu faço o possível.
Eu tomei vergonha na cara e aumentei consideravelmente meu consumo de frutas, legumes, verduras, laticínios e mais um blablablá alimentar. Isso por causa de recomendações médicas, mas as mudanças na minha dieta melhoraram meu organismo inteiro de uma forma geral. Só que nessas férias eu desleixei, meu fôlego até diminuiu, preciso retomar minha rotina. E por falar em rotina, minhas aulas começam segunda e eu estou ansioso pra que comecem logo. As férias foram legais, eu viajei, saí e me diverti, mas tudo cansa. Eu não aguento mais ver os vídeo da Ximbica e jogar Colheita Feliz pra me distrair, eu quero uma distração mais útil. Um dia eu disse pra minha colega que eu gostava de fazer prova e ela faltou me bater. As pessoas não entendem o meu jeito pitoresco e peculiar de ser, é frustrante.
Mas pra vocês eu deixo alguns conselhos. Pratiquem esporte, leiam mais, e nesse dia da gula, não comemore. Seu bem-estar agradece.

18.1.10

O homem que matou Getúlio Vargas


O homem que matou Getúlio Vargas é a biografia fictícia de um anarquista brasilo-bósnio chamado Dimitri Borja Korozec, escrita pelo muito bem humorado Jô Soares. O título do livro pode soar estranho, afinal Getúlio Vargas se matou. Mas esse é aquele tipo de livro em que fatos históricos são recontados com alguns acréscimos que a História ignora. Mesmo sendo perceptivelmente exagerado o livro é verossímil, já que Jô soube dominar muito bem os detalhes, além de ser cômico ao extremo.
Dmitri se relaciona com personalidades de sua época, como numa quase noite de amor com Mata Hari, ser salvo da morte por Marie Curie, trabalhar para Al Capone e se encontrar com muitas outras.
Nascido com doze dedos nas mãos ele é treinado desde cedo para ser um assassino e odiar qualquer forma de governo e governante. Aprende a manejar armas e a ser um terrorista, leva uma vida errante e solitára pelo mundo, mas ele tem um defeito, é desastrado. E é esse indesejado dom que o frustra em muitas tentativas de cumprir seu grande sonho, assassinar um opressor.
Apesar de parecer sombria, a narrativa é leve, agradável e fácil de digerir, exceto por um detalhe. Talvez o defeito seja meu por não entender, mas Jô encheu sua obra de minúcias. Coisas como nomes de estabelecimentos em francês onde há ironia e humor claros, mas é necessário ter noções da língua para entender. Outra coisa é o conhecimento que o livro exige que você tenha de fatos da época, como a máfia de Al Capone, o cinema ianque do tempo de Ben-Hur e a bailarina exótica Mata Hari, por exemplo. Isso porque o livro brinca com os fatos e os remolda baseado nas ações do personagem principal. Mas apesar de tudo o livro é muito bom, incrivelmente engraçado e divertido. Das partes cômicas, destaque para o cofrinho da bicha francesa. E das partes sem-noção, destaque para os atentados fracassados do anão Thug a Dimitri.

E já que estamos no assunto livros, gostaria de indicar um site que descobri há pouco, sugerido por Humberto Abdo: Skoob. Uma brincadeira com a palavra books, esse é um site onde você posta todos os livros que já leu, avalia, comenta, compartilha e ele te dá um número de quantas páginas você já leu em toda a sua vida. Vale entrar. Se quiser conhecer minha estante clique aqui. E se fizer um cadastro, por favor, me adicione como amigo.

15.1.10

O tempo e eu

O tempo às vezes pode ser muito generoso com a gente. Digo isso porque ultimamente as pessoas têm dito que eu fiquei mais bonito. Nunca segui nenhum ritual de beleza, sou até um pouco desleixado com minha aparência, mas talvez eu esteja crescendo e mudando. Tem uma amiga da minha mãe que me deixa encabulado e até constrangido. Toda vez que ela vem aqui em casa começa a dizer que eu estou muito bonito, que eu ganhei mais corpo; e eu não posso estar de bermuda que ela diz que eu tenho pernas de homem. Logo eu que nunca fui nenhuma obra de arte, que sempre fiquei em posições inferiores nos rankings de beleza física que as garotas da minha turma faziam. Mas talvez eu esteja gostando disso. Mas, sinceramente, eu sempre me achei e ainda me acho feio pra caralho. Mas eu cuido relativamente da minha aparência, principalmente depois que começaram a dizer que eu fico melhor de cabelo curto e barba feita. Mas não deixo isso subir à minha cabeça de forma alguma, não sou e nem quero ser um adônis. Não passo horas no espelho me arrumando, não malho pra ficar bonito (mas pra ser saudável), enfim, até porque isso seria metrossexualismo.
Fiz 17 anos no último sábado, mas eu não gosto de fazer aniversário, não porque eu esteja ficando mais velho, não tenho medo do tempo. Eu só não gosto de receber dezenas de recados no Orkut, e parabéns da minha operadora de celular, sei que muitos deles são sinceros, mas não precisa me congratular, eu não fiz nada. Isso é apenas o tempo trabalhando em mim. E ele tem sido até bonzinho comigo.

7.1.10

Michael, eles ligam pra gente!

Eu estive fora. Tirei longas férias sem avisar. Algumas pessoas me pediram pra voltar, mas eu as ignorei. Só que agora deu saudade. Fiquei com saudade daqui, de escrever, de ler os comentários, de ler as postagens dos amigos, de comentar no blog deles. Então eu voltei!
E resolvi renovar tudo, mudei o layout e a partir de agora começarei a usar o novo acordo ortográfico da CPLP. Não sei se vocês repararam, mas esse blog tem um símbolo, uma espécie de logomarca não-registrada. É a chama. Hodierno significa algo atual, moderno, e a chama queima e desaparece. Logo qualquer chama que você vir (com exceção daquelas alimentadas a gás e similares), é relativamente recente, ou seja, as chamas são hodiernas. Bem, eu só queria deixar isso claro, porque, afinal, quem iria ficar interpretando esse tipo de coisa?
Mas durante minha ausência, me perguntaram se eu estava bem. Sim, eu estava, mas podia não estar. E aí fiquei pensando: e se eu morrer? Quem vai cuidar do blog? Quem vai pelo menos avisar os meus leitores que eu morri?
Tudo pode acontecer. Recentemente pudemos comprovar que nem Michael Jackson dura para sempre, que dirá eu. Então o que eu preciso é de um seguro, um seguro de blog. Onde eu deixaria a minha senha com a seguradora e eles publicariam uma nota em caso de óbito. Nem sei se isso existe, se souberem, por favor, me avisem.
Então sejam bem-vindos ao meu blog que ficou quase um ano desativado. Espero não desativá-lo de novo tão cedo. Falou e até mais.
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