Depois da festa eu dormi. Enquanto dormia eu sonhei. Foi um sonho estranho como a maioria deles são. Eu sonhei com a festa, eu beijava a minha colega. Ela pulou em mim, envolveu minha cintura com suas pernas e meu pescoço com seus braços enquanto eu a segurava pelas coxas. Era um beijo violento, masculino e ardente, e tinha outra coisa, a língua dela, era áspera como a de um gato, e no sonho isso me causava estranheza, mas mesmo assim eu gostava. Era bom. Depois de um tempo ela já não era mais a minha colega e sim outra pessoa que talvez eu não faça a mínima ideia de quem seja. Já isso não me causava estranheza nenhuma, como nos sonhos sempre acontecem as coisas mais extraordinárias e tudo é tão normal, pra gente aquilo é o que existe, e ai de quem disser que aquela realidade é um sonho, soco-lhe a cara. O que aconteceu depois, ou não tem a mínima importância ou eu não me lembro bem, mas que se exploda. Eu já desisti de tentar entender esses sonhos malucos. Minha cabeça perturbada sempre me dá esses presentinhos especiais. Bolinho frito, normalmente recheado e polvilhado com açúcar. Esse é o único que vale a pena.
Conrado Miguel
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