2.7.12

Tolo sem ouro

Um olhar estético sobre a vida te faz refletir: o que você quer, benzinho? No último fim de semana eu estive em Ouro Preto. "Não vou jogar essa bituca de cigarro nesse chão histórico", disse meu amigo. "Procure, então, uma lixeira histórica", respondi com meu senso de humor cada vez mais deteriorado. Pelo tempo e pelo vento. Diferentemente daqueles casarões repletos de verbas públicas. Mas que tem? Meu estômago também está cheio delas. Não fazer turismo numa cidade turística pode ser interessante se você não desperdiça a viagem com existencialismo. Ensina o coleguinha então, porque tá foda o negócio. Congresso de Ciências da Comunicação da Região Sudeste. Aposto que devia ter uns três nego lá que sabiam o nome do evento. Mas como a maioria, eu também não estava lá somente por ele.
Longe dos museus, não vou cantar meu estado como fazia Drummond e Sabino, nem andar sobre os arcos do viaduto Santa Tereza como também faziam eles, apesar de só me faltar a coragem. Nem sei se teria razões pra fazer isso se cada lugar desse lugar que eu conheço é tão diferente, e lembrar minha infância no Jequitinhonha às vezes me faz sentir sem lugar. Mas eu acabo criando simpatia por eles. Os lugares.
Cantar Ouro Preto não é algo que eu faria também. No máximo contar, mas bem... Deixa pra lá. Pri disse que talvez eu esteja encontrando mais possibilidades de expressão assim. E desculpe-me se te enfado com meu internalismo excessivo, mas... bem, por enquanto é isso.


2 comentários:

  1. Faz séculos que não venho aqui,né? Estou devendo...

    Se eu não deixei passar algo, você foi à Ouro Preto e se sentiu nostálgico? Sempre te vejo em fotos muito modestas no Facebook. Te vejo como um menino simples
    Blog Abs

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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