7.10.13

Paisa

Às vezes tenho a sensação de que já perdi um pouco do manejo com a escrita. Tem tempo que não venho aqui. Meu lance com a escrita é complicado. Em cada momento da minha vida ela representou alguma coisa. Desde 2011 ela foi uma válvula de escape para a tristeza e o incômodo, eu me expressava melhor metaforicamente (vide cão). Por isso passei um ano sumido... porque já não andava mais triste. Tinha encontrado uma outra válvula de escape pras minhas neuroses. Infelizmente foi uma má opção, inconsciente, mas péssima. 
Passo aqui para cumprimentar, mais que qualquer coisa. Dizer olá e contar uma novidade. Como um velho amigo que aparece de repente... É impressionante o que é o sentimento de nostalgia para um. Não, as aves aqui não gorjeiam como lá.
Estou na Colômbia, na cidade de Medellín. Aqui nasceram Pablo Escobar e Fernando Botero. Dois opostos para representar qualquer coisa que você quiser. Estou aqui há dois meses e fico mais quatro. Estar longe do meu país me faz sentir de muitas maneiras diferentes, dependendo do momento. No início dá medo, assusta. Depois impressiona, fascina. Depois acostuma, mas continua tudo lindo. A saudade é permanente. Às vezes tenho crises e aí começa a chover aqui. O que mostra que numa viagem nem tudo são flores, tem partes muito duras.
Aqui me sinto muito bem porque as pessoas me recebem muito bem. São incrivelmente educadas, corteses, gentis, simpáticas, sempre dispostas a ajudar. A cidade tem um clima perfeito, com uma média de temperatura que varia entre 16ºC e 26ºC, no meio das montanhas centrais da Cordilheira dos Andes.
A cidade parece muito imponente. Não em relação a ela mesma, mas a ela para alguém. O que quero dizer é que a cidade te faz senti-la o tempo todo, porque a cada lugar que você olha, a vê até muito longe, subindo os morros longe... Sei lá.
No momento estou mantendo mais ou menos esse outro blog, em que conto uma coisa ou outra daqui. 
Quando me perguntam por que Colômbia, eu até hoje busco pela resposta, mas a cada dia tenho mais certeza de que fiz a melhor opção.

Com o gato de botas. Tô meio cabeludo, não ligue.

Um comentário:

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