Alguns dizem que quando veem um erro de português dói-lhes alguma parte do corpo, o coração deve ser o órgão mais afetado, e se os exageros fossem reais, viveríamos num país de infartados. Dores já não sinto mais, mas não há como ver um erro e não pensar algo como "ai que burro, dá zero pra ele". Só que ninguém está invulnerável aos erros, e muitas vezes eles podem ser até propozitais, dependento do seu objetivo comunicativo. O ensino de português nas escolas hoje é muito deficiente, já que não se cultiva a paixão e não se transpõe o aprendido para a vida prática, por que muitas vezes, os exemplos aprendidos na escola, jamais usá-los-ei no cotidiano. Por isso deveria existir anexo à língua culta, o estudo específico do português falado ou popular, descrevendo suas características realmente a fundo, onde os alunos poderiam saber por que aprenderam na escola que o correto é dizer Quando eu te vir, se em casa ou na rua dizem Quando eu te ver. Porque os fenômenos estão aí e não dá pra ignorar. Outro problema nesse sentido são os professores, sabe, ensinar é uma arte, mas há poucos artistas nas salas de aula. O meu, por exemplo, está mais interessado em exibir sua coleção de All Stars do que em contribuir para o real aprendizado da turma, e sobre esse não basta decorar regras, a língua é muito mais do que isso, ela é sentida e vivida. Mas sou grato às minhas primeiras professoras que souberam cultivar em mim a paixão pela língua e o prazer em aprender português. Agora com esse acordo ortográfico seria bom um pouco mais de apoio, mas até que estou conseguindo me sair bem com meus estudos autônomos.
Estudos autônomos, que merda, como se eu estudasse mesmo.
Estudos autônomos, que merda, como se eu estudasse mesmo.
Minha relação com a nossa língua foi muito tortuosa. Até chegar ao ensino médio eu odiava português, suas milhares de regras cheias de exceções...
ResponderExcluirAté que no primeiro ano encontrei uma professora artista, como você disse em seu texto. Aí veio uma paixão profunda pelo português e um grande respeito por essa língua encantadora. Respeito esse que me levou, depois de muito caminhar afastado dele (sou engenheiro), a fazer o blog.
Claro que cometo vários erros nas coisas que escrevo, talvez nesse comentário mesmo.
Mas com o tempo descobrir que não há melhor maneira de aprender nossa língua do que praticando.
Muito bom o seu post!
Isso já deixou de me incomodar faz um tempo. Hoje em dia em eu só sorrio diante disso =). Acho que não tem jeito...
ResponderExcluirPor outro lado...parcela da culpa é dos professores? Será mesmo? Nunca tive um professor preferido, de disciplina nenhum,a na época de escola.
Só na faculdade vim ter um apego verdadeiro pela literatura (e consequentemente, pela língua portuguesa) através, sim (pasme), de uma professora.
Mas, enfim, é como você disse, a gente tem que aprender sozinho (ás vezes...ou melhor: "quase sempre").
nem comento nada..
ResponderExcluirtenho erros pra dar e vender...
línguas não é minha "praia"...
e olha que nem de praia eu gosto...
kkkkk
ótima postagem!!
Adoro a Língua Portuguesa! E, você tem razão: deveriam começar a ensinar o que mudou com a Reforma Ortográfica.
ResponderExcluirAo contrário, as professoras parecem desconhecer essas novas regras. Uma vez esse ano (numa prova de inglês), a professora deixou de me dar 10 porque não coloquei uma ''crase'' num ''as''. E, pelo que eu saiba, a crase foi abolida da nossa Língua. Ela me dou 9,9, que raiva!
Felizmente, os estudos mais atuais comprovam que não existe "erro" na língua e sim, variações. Pensando: a função da língua é a comunicação; se ela foi estabelecida, como dizer que estava errada? Pra mim fazer e Para eu fazer, dizem a mesma coisa. Ainda podemos ir mais fundo: "errar" é andar por aí, a esmo. Porém, os chamados "erros" gramaticais possuem uma regra, porém diferenciada. Isso é dito por estudiosos, não por mim.
ResponderExcluirO que é preciso pôr na cabeça das pessoas é a decorrência. O que acontece se eu falar "mendingo"? Eu sofro preconceito, carrego o estigma do não-saber. Ou seja, a língua é um objeto de poder e subjugação. Quanto mais vc se arma, melhor pode se defender. Eis tudo.
Parabéns pelo post