Ah, o trabalho. Aquele que nos enobrece, que ocupa nossa mente e nosso tempo, que garante o nosso sustento, que faz de nós quem somos. Ah, a ilusão. Aquela que nos engana, que nos faz pensar que pensamos.
(epígrafe só pra ficar chique, eu mesmo que fiz :P)
(epígrafe só pra ficar chique, eu mesmo que fiz :P)
O papel do trabalho nas nossas vidas hoje parece ser inquestionável. Trabalhamos porque precisamos trabalhar. Será mesmo? Em partes sim. Na nossa atual forma de organização social seria impossível viver sem ter alguma ocupação. Mas o trabalho não é absoluto. Ele não pode ser. O que há é uma supervalorização do trabalho e uma marginalização do ócio. Quero crescer, quero entrar numa boa universidade, quero me formar, quero trabalhar. Mas e aí? O que vai ser depois? Nossa vida parece ter um objetivo e só. O ócio não faz mal pra ninguém, ele ajuda você a se conhecer melhor, ajuda na tranquilidade, ajuda na reflexão, na opinião, enfim.
Mas as relações do trabalho com as pessoas é mais complexa do que simplesmente dedicar mais tempo a si próprio. Há pessoas que realmente não podem fazer isso, infelizmente. Pessoas que têm dois empregos ou mais, que trabalham nas horas vagas pra ajudar no sustento da família, que se cansam tanto que só querem chegar em casa e descansar.
Então estamos aqui de novo nos perguntando se os pobres são pobres porque têm muitos filhos ou se têm muitos filhos porque são pobres.
O trabalho só dignifica o homem se ele tiver dignidade o bastante pra trabalhar sem ser trabalhado. E para aqueles que não podem, nos pesa a responsabilidade. A sociedade exige demais de nós. Vamos exigir mais dela.
Mas as relações do trabalho com as pessoas é mais complexa do que simplesmente dedicar mais tempo a si próprio. Há pessoas que realmente não podem fazer isso, infelizmente. Pessoas que têm dois empregos ou mais, que trabalham nas horas vagas pra ajudar no sustento da família, que se cansam tanto que só querem chegar em casa e descansar.
Então estamos aqui de novo nos perguntando se os pobres são pobres porque têm muitos filhos ou se têm muitos filhos porque são pobres.
O trabalho só dignifica o homem se ele tiver dignidade o bastante pra trabalhar sem ser trabalhado. E para aqueles que não podem, nos pesa a responsabilidade. A sociedade exige demais de nós. Vamos exigir mais dela.
Acho que inconscientemente escolhi jornalismo também por isso. Dependendo de onde trabalhar, é difícil cair na mesmice e rotina metódica.
ResponderExcluirBom texto, arrasou, amigan UASHEUA
Opa! Quase que esse texto passava despercebido!
ResponderExcluirEu sou a favor do trabalho justo, sem muitas horas semanais, salário bom e sem esforço físico ;)
Sempre ouvi que "o trabalho dignifica o homem"...Mas,lembro de ter ouvido coisas (de um amigo),como: "Ainda bem que estou trabalhando. A gente se sente útil". Só que alguns meses depois lá estava o mesmo indíviduo reclamando do trabalho...
A verdade é as pessoas parecem ter desenvolvido uma espécie de pânico do ócio, do silêncio, da escuridão... Fahrenheight 451 mostra bem o que vivemos hoje. Ouvimos música no metrô pra não pensar no metrô, trabalhamos para não pensar no trabalho, vamos ao shopping para esquecer as dívidas, assistimos tv para não pensarmos em nós. Nesse eterno escapismo, a vida passa sem sentido algum, pois procura-se o entretenimento sempre. Vc precisa de divertir e nisso engole o choro sempre, numa mentira perene e insistente.
ResponderExcluirConcordo plenamente com o trabalho no meio jornalístico, dependendo da área é difícil cair numa rotina, e fazer a mesma coisa todo santo dia (minha situção)é desgastante de verdade.
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