1.5.11

Carta Recortada

Belo Horizonte, 4 e 5 de abril de 2011

Jane,

Escrevo da cantina da fafich. Calouro típico. Paciência. Necessito usar meu mapa pra andar pelo campus. Do ICB à Escola de Belas Artes, depois dei a volta passando pela Imprensa Universitária. Ou uma máquina antiga de café.
Às bibliotecas. Laboratório de computadores daqui, mas não me sinto muito à vontade. À biblioteca da Face (24h) irei quando estiver com uma insônia maior que a habitual.
Manuela Carneiro. Não sei o que fui caçar lá, só tinha estudante de antropologia. Uma mocinha da Califórnia.
Estudos sobre Nietzsche. Como um hobby.
Reuniões do ComuniCA. Vinho e cachaça de graça, por que você acha que eu estou indo?
Eu tenho medo que ele caia na minha cabeça. Ele treme, é sério. Escola de Engenharia, por favor.
-- E aí, Tamy (escreve assim?) Gretchen, como você está? E o que a mamãe achou daquele ensaio que você fez, hem?
16 quadras. Um sonho de liberdade. Orgulho e preconceito, A Viagem de Chihiro e Amélie Poulin. Última parada 174; Vermelho como o céu, Madame Bovary, Dez, Saneamento Básico - o filme. Erico Verissimo e exatamente o contrário do que acontece em Vidas Secas. O Retrato de Dorian Gray.
As minhas férias foram longas demais e tinha um agravante, eu não sabia quando iam terminar. Juiz de Fora. A cidade deve possuir a maior população fluminense fora do Rio de Janeiro. Fora que eu teria de ir pra Brasília. Se o trânsito belo-horizontino já me deprime imagina o paulistano. Uma tentativa clara de tapar o sol com a peneira.
Rubim e Almenara. Depois fui pra roça de vovó no Jeribá. Gosto muito de ir pra lá porque não tem energia elétrica. É absolutamente encantador tirar férias da civilização É, mocinha, o buraco é mais embaixo.
Parti pra Montes Claros. Aliás, a minha primeira refeição lá foi um peixe com gosto de pequi. O que está da guarita pra fora não faz parte da sua vida naquele universinho particular, e se o seu dinheiro pode pagar um lugar que mais parece um hotel pra morar, o que te importa isso afinal?
Pra casa. No caminho abra os vidros. Essa vida de cão. A gente se sentir menos especial. Eis o espírito beaguense.
Finalizar, termino. Um abraço.
Seu,
Caio

P.S.: Espero que goste do animê, o final não me agrada.

6 comentários:

  1. hum...
    eu acho que não tenho o que opinar sobre isso...
    nem está destinado a mim XD rsrsrs
    apenas uma coisa....qual é o anime? *--*

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  2. Puxa. Nem sei o que comentar.




    Conhecer você foi bom, e é ótimo você estar tão perto e podermos conversarmos ao vivo e a cores. Mas um fato inegável é que sentirei falta das suas cartas.
    Mais que isso, chegarei a ter saudade.

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  3. O animê é Full Metal Alchemista, Felipe. E, Jane, se você insistir muito eu posso continuar te mandando cartas, pelo menos não vou ter despesas com correio.

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  4. FMA ? Do final? Fala da segunda versão...? Porque até que eles tiveram um final feliz...

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  5. A Jane Carmen já postou por aqui não foi?

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  6. Ah...sabe que eu até gostei da primeira versão. Mas, aquele final foi ridículo (na época, a autora ainda não tinha terminado a série). Fizeram um filminho com um happy end, com o Afonso encontrando o Eduardo no outro mundo (dimensão, do outro lado da "porta da verdade"). Confesso que curti a segunda versão. Só que, como você falou, a primeira foi mais "sensível". (Houve umas cenas de violência desnecessárias na última...).

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