Pra quem eu escrevo esse e-mail? Pra mim mesmo. Trelelelê. Ultimamente eu tenho querido fazer tudo, mas não tenho podido fazer nada. Reclamo da falta de tempo, mas não é isso que me falta de verdade. Meu blog ficou meio literário nos últimos tempos e se você pensa que por isso ele perdeu o caráter de diário online, engano seu. Nada poderia ser mais sincero do que a subjetividade e o lirismo da arte de domar as palavras através da literatura. Mesmo que seja essa minha literatura fajuta de blog, mas vá lá. É o melhor que tá tendo e que eu posso oferecer.
Meu amigo Conrado Miguel continua pedindo pra postar o tempo todo, e como é difícil pra mim negar qualquer coisa a alguém eu sempre deixo ele escrever. É um cara engraçado, não cansa de me falar de uma tal teoria de que as pessoas são cães, mas quer saber, eu acho ele ácido demais, tenho até dó e fico pensando de onde surgem essas coisas que ele gosta de escrever. Tô aprendendo umas frases de efeito com ele e resolvi usar a intertextualidade nos títulos.
Independentemente de Conrado, eu mesmo fiquei muito mais literário depois que entrei na faculdade de jornalismo, mesmo não tendo mais tempo pra ler literatura (eu sei que não é isso...). Mas não é de se espantar. A formação que eu tenho é tão reflexiva e abstrativa que a técnica fica totalmente subvertida à mera técnica (à merda técnica). É que na academia não cabe repetição de padrões, sendo ela mesma o maior de todos.
Nessa onda eu vou surfando. Vou analisar o jornalismo literário da revista piauí num tal de Projeto A2, vou fazer um projeto de pesquisa sobre o sexo virtual ou cibersexo, e tô descobrindo cada vez mais potencialidades no meu trabalho com o som. Se a onda é uma marola ou tsunami, deixo pra quem tá me vendo surfar dizer, porque eu mesmo só vejo a prancha. Se vejo. Tô cheio de crises em efeito dominó também. Se pá... pum! Não sei se me inscrevo pro intercâmbio, apesar de querer viajar e conhecer qualquer coisa nova, mas não sei se quero sair do meu país pra estudar e ainda mais com a obrigação de elevar o nome da minha instituição de ensino, nem sei pra onde eu quero ir também, muito menos se vou passar então... foda-se. Fico pensando pra que serve isso tudo além de status, mas aí lembro que a vaidade é o centro de tudo, e a espontaneidade não existe, então... foda-se mesmo assim.
Quero aprender a dirigir mas ao mesmo tempo não quero, quero fazer algum esporte mas também não quero. Eu quero tchu, eu quero tcha, mas não quero tchutcha. No fim eu não sei.
Só sei que nada sou. Foi Conrado que me ensinou.
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